CORRA ATRÁS DOS SEUS SONHOS. AINDA ESTA EM TEMPO.


Muitos sonhos e anseios sonhados no ano de 2010 ainda não aconteceram. Soren Kierkegaard filósofo existencialista disse certa vez que: " A vida só pode ser compreendida olhando-se para trás, porém, só pode ser vivida olhando-se para a frente...". Por mais que tenhamos tido decepções, infortúnios e tristezas nunca podemos perder a fé em nossos sonhos. Nossos sonhos alimentam a nossa vida, alimentam a nossa esperança e nos fazem atingir o nosso alvo e o nosso alvo é e sempre será o conhecimento pleno do Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, para que junto possamos sonhar os mesmos sonhos. Deus sonha os seus sonhos reais, mas não os imaginários. Deus é seu parceiro em seus sonhos e dentro da sua soberania e vontade Ele poderá fazer o impossível (Lc. 1:37), porque o possível somos nós que temos que fazer. Ele enxuga as nossas lágrimas e nos devolve a nossa esperança nos projetando para a nossa vitória. Entregue suas lágrimas ao Senhor Jesus que Ele renovará as suas forças. Entregue sua vida ao Senhor Jesus e o resto Ele fará.



Paulo escrevendo aos filipenses (Fp.3;10) disse que: "Tudo o que eu quero é conhecer a Cristo e sentir o poder da sua ressurreição.


O SER HUMANO EM PRIMEIRO LUGAR.


Força em 2011



terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Educação de Qualidade, Fator de Crescimento



A Coréia do Sul e o Brasil já foram lá pelos anos sessenta bem parecidos. Estavam atolados em problemas socioeconômicos como: taxa de analfabetismo alta, mortalidade infantil alta, educação e outros. Tinham índices típicos de países subdesenvolvidos, só comparados aos países africanos, sendo, que como mostra o quadro abaixo a renda per capita do Brasil sobrepujava a da Coréia em quase o dobro, pois, a mesma vivia assolada em uma guerra civil que deixaria como consequencia milhares de mortos.

Hoje, quarenta e cinco anos depois (embora tenhamos melhorados os nossos índices com relação aos anos sessenta) se fizermos uma comparação com a Coréia do Sul, veremos que o nosso crescimento foi muito pífio em relação àquele país. Se olharmos o quadro acima veremos que o nosso índice de mortalidade infantil ainda é alto, o analfabetismo também e, só 18% de nossos jovens conseguem adentrar em uma universidade, não obstante, o grande número de faculdades que existem no país, sobretudo, às particulares.
A Coréia do Sul teve em sua renda per capta um crescimento descomunal em relação aos outros países, inclusive os desenvolvidos. Sua sociedade deu um salto em matéria de qualidade de vida de dar inveja a muitos países. Praticamente erradicaram o analfabetismo, e hoje colocam 82 % de seus jovens dentro das universidades. Qual a mágica executada por este país, qual o milagre? A resposta está na educação. Enquanto os asiáticos alocaram recursos enormes nas escolas públicas de ensino fundamental e médio de forma ininterrupta no Brasil, preferimos canalizar esses pequenos recursos em universidades.
È lógico que eu não seria leviano a ponto de asseverar que o modelo coreano serviria em sua totalidade dentro da sociedade brasileira. A Coréia tem uma etnia diferente, como a maior parte das sociedades orientais, ela não tem a mistura de raças e de culturas; é pequeno em relação ao Brasil e não recebe os milhões de imigrantes que para aqui aportam tentando a sorte. Na Coréia do Sul o Estado cuida do ensino fundamental e médio, ficando a cargo da iniciativa privada o ensino universitário, gastá-se cerca de 6,8% do PIB em educação contra 5,2% do Brasil, além de gastar mas em educação faz um uso mais racional do dinheiro aportado. Todas as salas de aula são equipadas com telão de plasma, laboratórios de informática, os professores recebem altíssimos salários e tem lugar de destaque dentro da sociedade coreana, o investimento no material humano é de primeira linha, até para ser professor de jardim de infância esse profissional precisa ser diplomado. A vigilância da família é outro fator preponderante para essa melhoria da educação, os pais participam ativamente da vida escolar de suas crianças, investindo cerca de 30% do seu orçamento em educação.
Uma criança coreana chega à estudar onze horas por dia, isso faz parte da cultura do país. Foram criados institutos de ensino superior voltados para a ciência e tecnologia. Investir em capital humano gerou produtividade e riquezas para a Coréia. Os números de engenheiros graduados em tecnologia chegam à casa dos 30% sendo a maioria, aproveitados nas empresas de tecnologia de ponta dentro desse País.
A Coréia conseguiu promover um eficiente casamento entre o ambiente acadêmico e a indústria, força motriz para o grande avanço tecnológico. O resultado é uma troca que beneficia duas partes: os cofres das universidades coreanas estão cheios de recursos oriundos da iniciativa privada e as empresas fazem uso de pesquisadores e infra-estrutura para desenvolver seus produtos. Enquanto isso, aqui no Brasil, a iniciativa privada nacional e internacional precisam importar técnicos de outros países para suas empresas. A sociedade coreana é movida pela competição, desde a juventude esses jovens são ensinados a se aprimorarem cada vez mais. Existem competições de matemática e ciências e os ídolos da juventude são os que alcançam os primeiros lugares. Em todas as fases da sua vida, os jovens coreanos são impelidos ao sucesso, a ser o melhor, embora, passem por uma pressão muito grande numa fase de aprimoramento da sua vida. 85% dos lares coreanos têm computador, o que faz com que à criança desde cedo tenha conhecimento do mundo tecnológico. Uma síntese dos mecanismos usados pela Coréia que acarretaram nas mudanças substanciais na vida do povo coreano seriam: concentrar recursos públicos no ensino fundamental e médio, enquanto a qualidade nesse nível for de baixa qualidade; premiar alunos com bolsas e aulas extras para que desenvolvam seus talentos; racionalizar os recursos para dar melhores salários aos professores; investir em pólos universitários voltados para a área tecnológica; atrair dinheiro da iniciativa privada para universidades, produzindo pesquisas que venham de encontro as demandas do mercado; estudar mais, os brasileiros dedicam cinco horas por dias aos estudos, menos da metade do tempo gasto pelos coreanos; incentivar os pais a se tornarem assíduos participantes nos estudos de seus filhos.
Quanto mais cresce a população, mas aumenta as riquezas deste país, enquanto nos países industrializados isso é um sinal de maior rentatividade e distribuição de renda para a sua população, no Brasil é o inverso, quanto mais o País prospera, mas pobre a população vai ficando, pois, essas riquezas caem nas mãos de uma minoria, aumentando a concentração de renda e a desigualdade social. Dionísio, filósofo grego dizia que: ¨O poder absoluto cria injustiças.¨ Enquanto o poder fica nas mãos de uma minoria, mais injustiças sociais serão criadas contra o povo, que é o alimentador desse poder.
É impressionante como alguns clamores do passado ainda perduram em continuar a nos trazer problemas em pleno século XXI, pois, ainda hoje não foram resolvidos. Quando algum representante do povo atual se mostra preocupado com os três maiores problemas, que afetam diretamente a qualidade de vida do ser humano, é tachado de ultrapassado. Podemos asseverar que, o grande problema de hoje, é que os nossos governantes do poder executivo com o beneplácito do poder legislativo, preferem gastar a maioria dos seus orçamentos com obras e serviços públicos, enquanto que serviços essenciais como: educação, saúde e geração de renda ficam em segundo plano. Vamos trazer a baila, alguns índices preocupantes com relação a educação no Brasil, essas desigualdades estão bem à amostra. Senão vejamos: temos 14 milhões de analfabetos acima de 15 anos, temos 44,6% das crianças de 4 a 6 anos excluídas de acesso à educação infantil, temos 8,6% das crianças de 7 a 9 anos fora da rede escolar de ensino. A verdade é que a população cresce em níveis alarmantes e os investimentos do poder público não acompanham esse crescimento. Segundo Paulo Freire, educador do mundo embora fosse brasileiro, notabilizou-se por suas práticas e pensamentos pedagógicos. "Os seres humanos nasceram inconclusos e inacabados. Vamos nos tornando humanos ou nos desumanizando no decorrer de nossa vida, de acordo com as experiências que tivermos e vivermos. Segundo as condições que construirmos para nossas existência pessoal e coletiva. Por que a educação é um processo a ser vivido ao longo de toda a nossa vida. Cada um de nós não apenas se julga humano. Pensa que é o humano mais humano de todos os humanos. As situações ou condições menos humanas ou desumanas são sempre de outras pessoas ou de outros lugares. Nunca de nós e muito menos nossas.
Trabalhar, portanto, com a hipótese de que a educação diz respeito à construção da humanidade de ser humano e do planeta é não apenas complexo, mas complicado. É uma tarefa para os fortes, uma missão que aos fracos abate e aos fortes exalta".

Paulo Freire, paradigma da educação no Brasil e no mundo, assevera que a educação é um processo que deve acompanhá-lo em toda a sua existência e não só no tempo ao qual estamos estudando ou frequentando uma escola, é um processo que tem que ser continuado em toda a existência do homem como ser material. O aprendizado é contínuo. O homem que acha que sabe tudo, na verdade não sabe nada.
As escolas públicas em geral enfrentam um grave problema: a má qualidade do ensino que afasta um grande número de crianças da rede municipal e estadual. Em proporção não conseguimos acompanhar as demandas que se apresentam de ano em ano, exatamente pela falta de investimentos em novas escolas que precisam ser construídas e as que existem reformadas para se adaptarem aos novos modelos pedagógicos. Os nossos professores precisam ser tratados como profissionais de nível A. Nossos filhos passam boa parte do tempo dentro de uma escola, portanto, a educação dedicada a eles é de vital importância para a formação do caráter desse ser humano ainda em formação. É inadmissível que professores tenham que trabalhar doze horas por dia para completarem sua renda familiar, pois, seus salários são baixos e mal dão para sustentarem suas famílias. Temos que transferir recursos da administração da secretaria de educação, para programas de valorização salarial dos professores e, principalmente exigir o cumprimento dos programas de cargos e salários da categoria.
Melhorar a qualidade de ensino e garantir a presença dos professores na sala de aula para que estes profissionais tenham tempo disponíveis para se capacitarem e, estarem a par dos novos modelos pedagógicos. Corroborar com o governo do estado na formação e melhoria do magistério de 2º e 3º graus. Promover autonomia administrativa, pedagógica e financeira das escolas para que estas possam suprir suas necessidades mais prementes. Realizar congressos de educação para discutir com professores, pais e alunos a melhoria da qualidade de ensino. Estabelecer critérios objetivos para avaliação do aluno. Criar projetos de incentivos culturais para os professores, facilitando seu acesso a eventos culturais, à compra de livros e a multimídia. Expandir o atendimento pré-escolar, priorizando as comunidades de baixa renda. Garantir merenda escolar e material didático para os alunos, principalmente para os de comunidade carente. Melhorar a qualidade de vida da população, para que as famílias, sobretudo, as de baixa renda possam ter como se auto-sustentar, deixando de usar o trabalho infantil para a complementação da sua renda familiar.
Tomemos a Coréia do Sul como exemplo, fez uma grande revolução na educação e, transformou o seu país em uma potencia mundial. Enquanto seus cientistas são incentivados a ficarem no país, os nossos tem que abandonar o seu país para poderem ser reconhecidos e trabalhar em prol do desenvolvimento da ciência. Se quisermos deixar de ser chamado de país em desenvolvimento, temos que ter o ensino fundamental como prioridade.

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